Cada um de nós nasce com a capacidade de ser e sentir o que quiser.
Lembram-se daquela famosa questão que nos colocam quando somos crianças:
"O QUE QUERES SER QUANDO FORES GRANDE?"
É a primeira vez que somos confrontados com essa questão, muitas vezes quando ainda mal sabemos falar, quanto mais pensar de forma profunda sobre o que queremos experimentar ser e fazer nesta vida.
Mais tarde, vemo-nos confrontados com questões vocacionais e com pressões sociais e familiares que nos obrigam a seguir "o que é seguro", o que "dá estatuto", o que "dá dinheiro", ou o que tem "saídas profissionais". A pergunta raramente passa por aquilo que nos faz verdadeiramente FELIZES.
Assim vamos sendo encaminhados de forma ilusória para um "sistema" com excesso de hierarquias, burocracia e protocolos, no qual a questão vocacional se perde por entre obrigações e deveres. Vamos aguentando na expectativa do que se segue; mais um escalão, mais um diploma, mais 5%, mais um cargo, mais horas extraordinárias, mais amor à camisola e mais competição. Todavia, a insatisfação que se instala nessa falta de LIBERDADE e de EXPANSÃO pessoal impede-nos de aceder ao nosso ser mais puro, à nossa essência, ao nosso infinito poder e essencialmente à FELICIDADE.
Até que um dia nos apercebemos que um FÓSFORO se acende dentro de nós quando fazemos algo de que gostamos;
um hobbie, um desporto, um part-time, bricolage em casa, passar músicas no bar de um amigo, receitas novas para jantares de amigos, fotografias de eventos familiares, viagens pelo mundo...
E esse fósforo é como um dominó que nos empurra para fora do sistema, em busca da nossa liberdade.
O mesmo acontece no campo amoroso. Quantos não casaram porque era o passo seguinte a dar nessa suposta "escada" de ascensão pessoal e social?!
(cumprindo as regras e as idades pré-estabelecidas para cada etapa)
Quantos casaram com o seu GRANDE AMOR?
Quantos acreditaram no merecimento de um AMOR VERDADEIRO?
Quantos tiraram os projetos e os SONHOS da gaveta e os perseguiram?
Vamos percebendo aos poucos que a MUDANÇA está ao nosso alcance, às vezes com a ajuda de profissionais, outras vezes com a ajuda de um amigo ou até mesmo de um desconhecido.
O Universo tem uma forma muito engraçada de nos fazer chegar a mensagem quando estamos preparados para ela.
O mestre, às vezes, pode ser a senhora da mercearia e estamos sempre tão distraídos em relação a esses veículos humanos que servem de canal para nos fazer chegar as palavras certas no MOMENTO CERTO. Estejamos todos mais atentos ao que nos rodeia e a quem está na nossa vida para nos ajudar.
Na verdade, estamos todos na vida uns dos outros para nos ajudarmos mutuamente, a ilusão à qual nos entregamos é que muda o ponto de vista transformando anjos em demónios.
É como se a vida fosse um sonho... como se pudéssemos definir o nosso futuro. Como se a vida fosse mágica.
(Recomendamos o documentário "What the bleep do we know" para um melhor entendimento destes conceitos)
Como se em cada um de nós houvesse uma fada madrinha interna (que na verdade será o nosso eu superior) pronta a realizar desejos e sonhos de vida.
Sob esta perspetiva, se temos em nós o poder de pedir e obter o que quisermos, então porque é que não temos o que pedimos?!
Na maior parte dos casos porque nem sequer pedimos, até porque não acreditamos.
Depois há aqueles que acreditam um bocadinho mas não o suficiente. E os outros tantos imersos em densidade e desafios que não se atrevem a olhar para o outro lado da equação.
Se quando pedimos desejos, estes se realizam, de onde vem a escuridão? Do mesmo lugar dos desejos, ou seja, sem querer, e sem consciência, muitas vezes falamos repetidamente naquilo que acontece de menos bonito na nossa vida. Também de forma inadvertida, queixamo-nos de tudo o que nos dói, o que nos aborrece, preocupa ou satura.
Acontece que "quem recebe as mensagens" não distingue e pensa que queremos mais do mesmo, sendo que neste caso, o mesmo seria "o que nos chateia".
Então vale a pena acreditar e pensar apenas no que queremos melhorar, sem grande preocupação com a forma.
O "como" trata de si. Basta que façamos o pedido.